A toxicodependência, ou seja, os comportamentos aditivos, têm caraterísticas impulsivas-compulsivas em relação a diferentes atividades ou condutas como consumo de substâncias psicoativas, jogos, internet, sexo, compras entre outros, que envolvem um potencial de prazer. É a continuidade destes comportamentos, aliados a fatores neurobiológicos, psicológicos, genéticos e ambientais que podem evoluir para as dependências. Estas por sua vez constituem um problema de saúde ao nível internacional.

O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência permite-nos perceber a dimensão do problema e as medidas que têm sido tomadas na Europa.

As políticas de saúde portuguesas no que respeita aos consumos de drogas e toxicodependências têm sido globalmente apontadas como um exemplo a considerar.

O Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências 2013-2020 aponta no sentido de ampliar as abordagens e as respostas face aos comportamentos aditivos, tendo como perspetiva a saúde e a promoção da saúde nesta área.

O atual ciclo estratégico, vai além dos problemas já anteriormente identificados (consumo de substâncias, saúde pública, problemas sociais entre outros). Foca-se sobretudo na centralidade do cidadão, numa perspetiva dinâmica do seu ciclo de vida, considerando o fenómeno da dependência, associado à singularidade de cada ser humano, tornando-se indispensável conhecer profundamente, os recursos de cada indivíduo (vínculos familiares e sociais, consistência, promoção das competências pessoais e sociais, coerência dos contextos e a fase do ciclo vital em que se encontra) permitindo adequar as abordagens às necessidades reais de cada pessoa.

Mediante estes pressupostos, urge formar equipas multidisciplinares capazes de implementar intervenções adequadas às pessoas que delas necessitam.