A Saúde Mental é parte integrante da Saúde e foi definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2001) como um estado de bem-estar em que o indivíduo tem perceção do seu potencial, consegue lidar com o stress do dia-a-dia, trabalhar de forma produtiva e é capaz de contribuir para a sua comunidade.

De acordo com o Programa Nacional para a Saúde Mental 2017, nos dados da última década, as perturbações psiquiátricas e os problemas relacionados com a saúde mental constituem uma das principais causas de incapacidade, morbilidade e morte prematura nos países industrializados.

Portugal tem uma das mais elevadas prevalências de doença mental da Europa. Havendo alta percentagem de pessoas sem acesso aos cuidados de saúde mental ou que não beneficiam de modelos de intervenção (programas de tratamento e reabilitação psicossocial).

O plano de ação de saúde mental 2013-2020 da OMS, estabelece medidas concretas para os diferentes países.

Para Portugal as metas são: Aumentar os registos das perturbações mentais nos Cuidados de Saúde Primários, inverter a tendência de prescrição de alguns fármacos, apoiar a criação de lugares em cuidados continuados integrados de saúde mental e aumentar o número de ações no âmbito dos programas de promoção da saúde mental e de prevenção de doenças mentais.

Assim, promover a saúde mental e a literacia nesta área, facilita a acessibilidade aos cuidados de saúde mental, e diminui a estigmatização das pessoas com perturbações mentais, dando lugar á aceitação dos cuidados de saúde mental baseados na evidência (Jorm, 2000).

Perante estes dados, torna-se cada vez mais urgente capacitar os profissionais de saúde para a promoção da saúde mental e da literacia, tornando mais efetiva   a prevenção, a identificação e a intervenção precoce em pessoas com problemas e perturbações mentais, assim como fazer o encaminhamento para estruturas de apoio e/ou especializadas.